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1. |
A Primavera Em Teu Redor
03:26
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Música e letra: João da Ilha
Olha em teu redor, vê tudo a florir,
É a Primavera!
Quando tudo é seu, ela vem a sorrir, e diz:
Ai quem me dera!
Voltar no Verão, viver no Outono, dormir no Inverno.
Dançar no Verão, cair no Outono, deitar no Inverno.
Olha em teu redor, vê tudo a florir,
É a Primavera!
Quando tudo é seu, lá vem a sorrir e diz:
Ai quem me dera!
Lá vem ela então, o vestido é de flor,
E põe-se à janela.
Ela olha com atenção, espreita em seu redor, e quer:
Tudo só para ela – p'ra poder:
Voltar no Verão, viver no Outono, dormir no Inverno.
Dançar no Verão, cair no Outono, deitar no Inverno.
Casar no Verão, sair no Outono, sumir no Inverno.
Olha em teu redor, vê tudo a florir,
É a Primavera!
E as outras estações, teimam em partir,
Roubam o que é dela...
Quando tudo é seu, lá vem a sorrir e diz:
Ai quem me dera...
Um dia só para mim!
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2. |
O Verão Agora
04:10
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Música e letra: João da Ilha
Sabe bem ver o luar, ter aqui o teu lugar, e viver:
Um mundo só meu!
Bolinar no arraial, encostar o corpo ao sal, e dizer:
Que o mundo é teu!
Ter o mar na minha mão, ter na boca a canção, e entoar:
Viva o lume no chão – p'ra saltar!
E este tempo, que muda, a toda a hora
Fico atento, e detido na janela
O verão agora, quero ir lá para fora!
Sabe bem ter o amor, pele molhada do calor, e viver:
O tempo que já não vem.
Vaguear nos teus sinais, pedir contas é demais, e dizer:
O tempo é de quem tem.
Ter o ar a encher o peito, ter na boca um aceito, e cantar:
Quero o lume no chão – p'ra saltar!
Sabe bem o colorir, muitos olhos a sorrir, e viver:
Um mundo de afeto!
Encontrar os ombros teus, na difícil hora do adeus, e dizer:
É bom ter-te por perto.
Ter o verde nos sentidos, ter na boca os rugidos, e gritar:
Viva o lume no chão – p'ra saltar!
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3. |
Outonal Constatação
04:34
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Música: João da Ilha; Letra: Carla Ferreira
Enfrento estas mudanças, Das árvores que não plantei
Tão de repente desnudadas, Nova estação viverei
Quando a aurora chegar, Pela luz fria já passei
E selo com lacre de cera, Os frutos que colherei
Deixa lá as folhas irem
Como a água de um rio
Com a languidez dos dias
Espero a alma que floriu
Sou, um espírito cansado, Sedento de transformação
De vinho eu sou regado, Sou tempo de reflexão
Venham colheitas e ócio, Do que já amadureceu
Vem ser o meu equinócio, Posso ser árvore do céu.
Vem ser tudo, vem ser tudo, numa centelha de vida, vem ser tudo.
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4. |
No Inverno Hiberno
04:54
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Música e letra: João da Ilha
No inverno não sou eu, mas sou eu...
Com tudo o que a vida me deu
Um peso imenso que me pesa, mas só pesa...
O peso que penso pesar
E o temporal que não deixa sair,
Estou macambúzio não quero sorrir,
E estou, e estou, num mar de esperança
Quase a partir
No inverno eu hiberno
Urso-pardo com a moleza
O que é certo fica incerto
Usurpado p'la incerteza
Bebo a espera no copo da quadra, não enquadra...
O quadro que quero enquadrar
Remo o barco que me leva, mas não remo...
A leva que quero levar
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João da Ilha Azores, Portugal
Álbum NOVE CANTOS
já disponível!
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Nasci na Ilha Terceira nos Açores.
Vivi em Setúbal.
Voltei à Ilha.
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