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1. |
Adivinhar o Futuro
03:50
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Adivinho, adivinho o futuro
Pelas manchas, pelas borras do café
Pelas linhas, pelos traços de uma Mãe
E também, também pelas do pé
Adivinho, o futuro adivinho
Lançando pedras, e olhando búzios
Virando cartas, atirando dados
Uns confúsios, outros alucinados
Ai… O futuro, o tempo que há-de vir
Ai… O destino, segredos porvir
O futuro, o futuro afinal
Já o desvendei, numa bola de sabão
Foi encontrado, no astro mais distante
Também nos signos, duma folha do jornal
O futuro, o futuro não será
O que agora, o que agora é
Pois o que a gente, que a gente sente
Não é futuro, é o presente
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2. |
Canto da Memória
03:39
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Eu vejo um novo rumo
Por linhas quase esbatidas
Porque destruí o muro
Que as guardava escondidas
Eu vejo o amanhã
No tropeçar do dia
Ao erguer da manhã
Descubro um sol de profecia
Renunciei ao mal de ontem
Lá de um canto da memória
Porque o mal de ontem não,
Não importa, à minha história
E para hoje ficou
Tudo o que há, para fazer
O ontem acabou
O amanhã está-se a prever
Eu vejo um novo rumo
…Entre a persiana
Eu destruí o muro
Que me prendia a mente insana
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3. |
Castanho Perplexo
03:45
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No castanho de teus olhos
Assenta a terra do meu chão
Se puder ainda escolho
Mais cor para o meu… coração
Lá vou eu enamorado
Caminhando nessa terra
Perplexo… ou encantado
Com este amor, que se eterna
Teu desejo leve e claro
Em teu olhar desvendado
Um universo diferente
Num castanho, que me prende
No castanho de teus olhos
Assenta a terra do meu chão
O castanho dos teus olhos
Dá a cor ao meu coração
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4. |
Carta Não Carta
03:20
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Revelei-te o medo mais profundo
A mais fraca parte, do meu mundo
Sinto-me de novo a nascer
De fina pele, e olhos por ver
Estou como implume, sem penas exposto
Com receio, marcado no rosto
Carta não carta
Mostras o que não consigo dizer
Carta não carta
Revelas o meu ser
Revelei-te o que já não podia guardar
A mais difícil parte, de mostrar
Sinto-me todo vulnerável
Por revelar algo, tão inimaginável
Estou como alma, emergente de treva
Que pergunta : “aonde isto nos leva?”
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5. |
Encantos da Ilha
04:02
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O segredo da lua
Traz a maré cheia
Se a noite fosse tua
Seria uma Sereia
Da noite vem o dia
Traz luz ao arraial
Festas e folia
E bravuras no final
Há favas coadas
Verdelho e malagueta
Gentes bonitas
Lá no largo da Serreta
O encanto da ilha
Tem o seu alento
… A cantoria
O Pezinho e o Espírito Santo
Ai a ilha, e o seu encanto,
Dormem comigo em meu leito
Ai a ilha, e o seu pranto,
Vivem comigo em meu peito
Ai o fogo, ai o céu, ai a terra ilhéu do mar,
Ai segredos que cá tenho por contar
Ai a ilha, ai pedaço do meu ser,
Esse bote, d’eterno navegar
O segredo do sol
À lua “preguntei”
Ao amanhecer
No terreiro deslumbrei
O sol no seu cair
Deu vagar á noite
N’adega o sorrir
Nas verbenas o acoite
À mesa Dona Amélia
Em lábios de “Angelica”
Romance de camélia
Nos meus olhos fica
O encanto da ilha
Na bruma do seu espanto
Traz verde esperança
Alfenim e Espírito Santo
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6. |
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Às vezes é sim, outras vezes não,
São os mares da indecisão.
Mergulha em mim, para sermos dois,
Mas são tantas confusões.
Mergulho em ti, ter-te só para mim,
Sem saber se é assim.
Um dia é sim, outro dia é não,
Tanto nó no coração.
Amar-te sem fim, deixar-te da mão,
Navegar na solidão.
Ficamos assim, sem terra nem chão,
Neste mar de indecisão.
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7. |
Farsa
04:44
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O mundo anda por aí a girar
Tão veloz que não posso apanhar
O mundo anda por aí a querer
Tanto, tanto acaba a perder
É um comboio, É uma estrela,
É um mistério, É um destino…
E o nosso mundo está a girar
Cá dentro de uma caixa
E o nosso mundo está a mudar
Envolto numa faixa
E o nosso mundo está a viver
Entrudos numa praça
E o nosso mundo está a crescer
À custa de uma farsa
O mundo anda por aí a esquecer
Tanto, tanto que até custa a crer
O mundo anda por aí a dormir
Tão alheio, perde o sorrir
É um comboio, É uma estrela,
É um mistério, É um destino…
E o nosso mundo está a girar
O nosso mundo está a mudar
E o nosso mundo está a viver
O nosso mundo está a crescer
E o nosso mundo está a girar
O nosso mundo está a mudar
E o nosso mundo está a viver
À custa de uma farsa… farsa… farsa… farsa…
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8. |
Mão de Deus
03:01
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Enquanto caía o mundo
O escuro apoderava-se das ruas
Fazendo guinchar o barro dos telhados
Depois uma por uma
Cada parede foi reerguida
Num mar de revolta pelo antigo…
Pequeno, o Homem
Passa ao lado, despercebido, ninguém o elege
Ele supera-se na sua, na sua sabedoria
Sensatez sagrada seja a sua
Pois pela sua Mão, nasceu o mais nobre
Dos pecados
É um bicho num labirinto
Uma ferramenta nas mãos de Deus
Dormindo um outro, um dormindo
O outro mastigando o sempre
Transformam pelo nada tudo
E criam a água que nos purificará
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9. |
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Esta ilha imensa
Que vejo ao sonhar
É um poço de magia, lá no princípio do mar
É o céu na terra
Um traço d’horizonte
É a pedra viva, farol do negro monte
E um novo dia
No rumo do avião
Devagar surgia, deu-me a razão
Esta ilha imensa, que surge p’la manhã
É uma surpresa, é um divã
Onde eu me deito, para ver o pôr-do-sol
Noite no meu peito, é o meu farol
Quem a ilha encontra
Faz do tempo solidão
Vê o imenso azul profundo, sente a força do vulcão
Quem a ilha ama
Faz da esperança o seu guia
É prisioneiro das ondas, Andarilho de folia
E um novo mundo
No amuro de uma Nau
Devagar no fundo, deu-me a razão
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10. |
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Eu sou do lugar, dos cheiros húmidos
Do nevoeiro, e do morno da estação
Sou do canto dos grilos, e do céu infinito
Onde o quente nos queima, e o frio fere
Eu nasci da terra verdadeira
Onde os homens são pesados
Nasci do choro e da tristeza
Do lamúrio e do rancor
Eu vim do mar manso, e do mar bravo
Do calhau distante, e do sabor salgado
Vim do negro da noite, e da calçada branca do luar
Eu sou do mar manso, e do bravo mar
Eu sou da terra da vida
E hoje a vida cansou-me
Que me carreguem aos ombros
E me desçam para um fim
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11. |
Saudades da Minha Terra
03:39
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Saudades da nossa gente
Os nossos cantares
A brisa dos mares
Memória sempre presente
Das praias de lava
O quanto eu sonhava
Saudades da minha terra
Mesmo quando não me lembro
Sentindo a toda hora
O povo na praça
Gente de raça
Vivendo sem demora
As festas de rua
E as noites de lua
Saudades da minha terra
Mesmo quando não me lembro
De Janeiro até Dezembro
De Janeiro até Dezembro
Mesmo quando não me lembro
Saudades da minha terra
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12. |
Yin e Yang
02:59
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São dois pólos numa vida
Dois caminhos, muita ferida
Há o norte e o sul, a noite e o dia
São dois trilhos num passeio
Muita escolha, muito enleio
É o sol a lua, a luz e a sombra
Tu és luar
És do Yin, eu sou do Yang
Eu sou do mar
São dois gumes numa faca
Os ciúmes, e a carne é fraca
Há o céu e a terra, o tudo e o nada
São dois lados numa história
O meu e o teu, uma luta inglória
É doce e amargo, coisa certa coisa errada
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João da Ilha Azores, Portugal
Álbum NOVE CANTOS
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Nasci na Ilha Terceira nos Açores.
Vivi em Setúbal.
Voltei à Ilha.
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